queda

O ano é 1969, em Blois, durante um treinamento o técnico de Merckx, Fernand Wambst que fazia o trabalho de puxador com uma derny race (bicicleta motorizada), dando o vácuo a Merckx e outro companheiro cai.

O companheiro de Merckx cai e em seguida ele também sofre uma violenta queda. Seu treinador morre instantaneamente.

Merckx fica inconsciente. Sofre uma fratura numa vértebra e graves lesões na pélvis.

Depois desse dia ele passou a ter muitas dificuldades em conseguir uma posição confortável sobre a bicicleta. Frequentemente precisava mudar de posição para amenizar as dores que sentia.

“O acidente em Blois foi terrível para mim. Desde esse dia, o ciclismo transformou-se num sofrimento. Levei pontos na cabeça, raspei todo o corpo, mas as lesões cicatrizaram.

Tive sorte, pois eu poderia ter morrido, mas o problema do acidente foi o dano que ele causou na minha coluna. Meus quadris foram nocauteados. Isso significa que minhas pernas estavam fora de sintonia com o resto do meu corpo.

Após esse dia, nunca mais pude sentar confortavelmente numa bicicleta. Eu mudava minha posição e precisei mudar os ângulos de ajuste.

Gostaria de ter muitas bicicletas, todas sutilmente diferentes, prontas para correr, mas nunca encontrei a posição ideal. Antes de Blois, não posso dizer que não sofri numa corrida de bicicletas; o Tour foi um exemplo. Eu apenas precisava pressionar os pedais quando queria, era tudo o que eu tinha de fazer. Depois do acidente, a dor era constante, em alguns dias tinha vontade de chorar, em outros eu estava OK.

Uma vez, no final da minha carreira, estava pedalando ao Alsemberg, em Bruxelas, e perguntei-me o que eu estava fazendo ali. Pensei que teria que descer e caminhar, mesmo ela não sendo muito íngreme ou longa. Minhas costas eram a minha fraqueza e isso ainda hoje me afeta: não posso andar de bicicleta por causa dela.”

Relação das vitórias de Merckx após 1969, quando ele já não era o mesmo:

1970 (Team Faema-Faemino)
Tour de France, Geral, Montanhas, Mais combativo e 8 etapas
Giro d’Italia, Geral e 3 etapas
Paris-Roubaix
La Flèche Wallonne
Gent-Wevelgem
Paris-Nice
Ronde Van Vlaanderen
Critérium des As
Flag of Belgium National championship
Super Prestige Pernod International

1971 (Team Molteni)
Tour de France, Geral, Pontos e 4 etapas
World championship
Milan-Sanremo
Liège-Bastogne-Liège
Giro di Lombardia
Rund um den Henninger Turm
Omloop “Het Volk”
Paris-Nice
Critérium du Dauphiné Libéré
Grand Prix du Midi Libre
Tour of Belgium
Giro di Sardegna
Super Prestige Pernod International

1972 (Team Molteni)
Tour de France, Geral, Pontos e 6 etapas
Giro d’Italia, Geral e 4 etapas
Hour record – 49.431 km
Milan-Sanremo
Liège-Bastogne-Liège
Giro di Lombardia
La Flèche Wallonne
Giro dell’Emilia
Giro del Piemonte
Grote Scheldeprijs
Trofeo Baracchi, with Roger Swerts
Super Prestige Pernod International

1973 (Team Molteni)
Giro d’Italia, Geral, Pontos e 6 etapas
Vuelta a España, Geral, Pontos, Combinada, Sprints e 6 etapas
Paris-Roubaix
Liège-Bastogne-Liège
Amstel Gold Race
Gent-Wevelgem
Grand Prix des Nations
Omloop “Het Volk”
Paris-Brussels
Giro di Sardegna
GP Fourmies
Super Prestige Pernod Trophy

1974 (Team Molteni)
Tour de France, Geral, Combatividade e 8 etapas
Giro d’Italia, Geral e 2 etapas
World championship
Tour de Suisse, Geral, Pontos, Montanhas e 3 etapas
Critérium des As
Super Prestige Pernod Trophy

1975 (Team Molteni)
Milan-Sanremo
Ronde van Vlaanderen
Liège-Bastogne-Liège
Amstel Gold Race
Catalan Week
2 etapas, Tour de France
1 etapa, Tour de Suisse
Giro di Sardegna
Super Prestige Pernod Trophy
Six Days of Ghent (with Patrick Sercu)

1976 (Team Molteni)
Milan-Sanremo
Catalan Week

1977 (Team Fiat)
1 etapa, Tour de Suisse
Tour Méditerranéen
Six Days of Munich (with Patrick Sercu)
Six Days of Zürich (with Patrick Sercu)
Six Days of Ghent (with Patrick Sercu)

Se ruim ele já ganhou tudo isso, se estivesse 100% seus adversários precisariam contratar alguém para quebrar uma das pernas dele para dar igualdade de condições 🙂 .

A foto do início do post é meramente ilustrativa.